Saúde da Mulher e a Osteopatia

Afinal, a osteopatia pode beneficiar a saúde da mulher?

A saúde da mulher compreende diversos aspectos: biológicos, sociais, econômicos, culturais e históricos. 

A Osteopatia é uma abordagem holística centrada na pessoa e não na doença. Exige-se do profissional osteopata vasto conhecimento de anatomia e fisiologia. Para o Osteopata os sinais e sintomas clínicos são a consequência de alterações na interelação entre os fatores físicos e não físicos. Sua abordagem ajuda a aliviar a dor, inclui orientação sobre estilo de vida e abordagens biopsicossociais como parte do gerenciamento do paciente e pode ser combinado com outros tratamentos. 

Por consequência, a Osteopatia será uma ferramenta importante no restabelecimento da saúde dessas mulheres que sofrem de alguma síndrome dolorosa.

A abordagem osteopática será ampla, começando pela anamnese cuidadosa. O osteopata deve permitir que a mulher fale, reconhecer que a dor é real e evitar julgamentos. A escuta ativa será fundamental para que haja confiança. O resultado da avaliação osteopática será a união do que foi dito na anamneses, dos testes específicos osteopáticos e dos sinais clínicos apresentados pela paciente. Exames complementares poderão ser importantes para ajudar a excluir determinadas síndromes. O diagnóstico osteopático envolve a avaliação de todos os sistemas corporais: fascia-musculo-esqueletico, visceral, circulatório, neural e neuroendócrino. A prática do tratamento manipulativo osteopático (TMO) utiliza uma abordagem manual, conhecida por aliviar a dor associada às disfunções somáticas do corpo humano. 

Em quais intercorrências clinicas apresentadas pela mulher a osteopatia pode atuar?

A osteopatia pode atuar, por exemplo, na prevenção ou no cuidado das dores no processo da gestação. Durante a gravidez o corpo da mulher sofre diversas alterações tais como: hormonais, físicas, circulatórias, digestivas, ansiedade e alteração do sono entre outras. Da mesma maneira, pode ser de grande ajuda no puerpério acelerando o processo de recuperação e evitando novas disfunções.

A Osteopatia, também, pode ter um papel importante em algumas síndromes como na dor pélvica crônica. Esta, normalmente, está associada a endometriose, dispareunia, vaginismo, vulvodínea, dismenorréia, incontinência urinária, aderências, constipação severa e outras. Todas essas situações podem estar interligadas, e causar impacto negativo na qualidade de vida das mulheres. 

Diante de tantas possibilidades clinicas, as mulheres portadoras de alguma dessas alterações sofrem com diagnóstico tardio, o que pode complicar o quadro. 

Segundo Haller et al., 2019, os distúrbios da dor crônica são a principal causa global de incapacidade e da busca dos pacientes por terapias complementares. Essa busca, seria devida aos efeitos limitados e colaterais de tratamentos farmacológicos para dor crônica. A dor pélvica crônica se encontra no contexto geral da dor crônica, onde vários elementos anatômicos podem se encontrar disfuncionais. Vemos, com frequência, queixas como dor lombar, dor no quadril, sensação de peso e dor na região pélvica e no assoalho pélvico, perda de urina e/ou fezes etc. 

Diante desse quadro, a osteopatia deve fazer parte, por seus efeitos, de uma abordagem interdisciplinar.

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